Pesquisa do Palavrório

23.8.05

A sensação do tempo

Na mesa ao lado, conversam sobre uma ação especial de marketing direto referente ao Ano Novo. E estamos em 23 de agosto. Putz, o Ano Novo parece longe, muito longe. Até um certo ponto, o sete de setembro está longe.

Certa feita li que a sensação do tempo que temos decorre diretamente do nosso conhecimento. Assim. Quando éramos crianças, quase tudo o que víamos fazia o tempo se alongar, pois era uma novidade. Aprender a andar de bicicleta tomava um grande tempo, físico e mental. Chutar a bola na direção certa, escrever, desenhar, enfim, tudo o que aprendemos tomou tempo nosso.

Depois, como essas coisas passaram a ser automáticas, a cabeça não se ocupa mais disso. Entramos no carro e saímos, sem pensar no que estamos fazendo. E daí a cabeça pensa em outras coisas, talvez fáceis, talvez difíceis, mas outras coisas. Assim, não temos a percepção mais clara de que estamos fazendo coisa, apesar de o dia continuar a ter 24h. E essa falta de percepção leva à impressão de que o dia é mais curto, de que o tempo passa mais rápido.

Independente do que for, a necessidade de estar sempre atualizado, os compromissos sociais cada vez em número maior, as obrigações familiares, o cuidado com a saúde e tantas outras obrigações acabam realmente matando o tempo do lazer, que talvez seja o último bastião onde podemos ser nós mesmos.

Não resta dúvida, é necessário parar os relógios. TODOS, AGORA!!!

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