Pesquisa do Palavrório

15.8.05

Mundo corporativo

Vez ou outra eu comento sobre o mundo corporativo, sobre como a vida corporativa foi tomando conta de tudo, e que agora somos novos escravos, a corporação em primeiro lugar e, se der tempo, o resto.

Hoje é aniversário da minha enteada. A festa começa às 18h, para aproveitar que todas as crianças saem da escola e vão direto pra festa. E marcam uma reunião para as 18h30. E quando digo que não vou, me perguntam: “E o profissionalismo?”

Putz, que chato ter que dizer para as outras pessoas que a corporação não é o mais importante de tudo, que há coisas muito mais importantes, que a vida corporativa é falsa, é ilusão, pois somos todos peças descartabilíssimas nesse mundo corporativo, e que na hora que aparecer alguém fazendo o mesmo que a gente e recebendo menos, seremos trocados.

Na vida pessoal, pelo contrário, temos a chance de mostrar nossas habilidades únicas, nossas características pessoais, nossa vida real, enfim, aquilo que nos torna humanos de fato. Sentimentos, únicos e exclusivos, que você pode dividir com os outros sim, mas que não podem ser substituídos. Nem o amor, nem o ódio.

Claro que vou à festa. Claro que ficarei com a pulga atrás da orelha, afinal, preciso do dinheiro para pagar as contas do mês. Mas levarei o consolo abaixo:

"Neither a lofty degree of intelligence nor imagination nor both together go to the making of genius. Love, love, love, that is the soul of genius." (Wolfgang Amadeus Mozart)

Feliz aniversário, querida!!

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