Pesquisa do Palavrório

18.10.08

GPS, ou G-Point Search

Meninos, eu descobri!! Nós, homens, temos dentro de nós a ambição de virmos com um GPS embutido. Claro, não falo de um Global Positioning System, esse equipamento que virou moda nos carros do mundo, e que sim pode ser muito útil em países onde não se fala a língua local ou nos Estados Unidos, com aquelas puta auto-estradas com zilhões de entroncamentos, viadutos e passagens. Falo de algo mais simples, mas muito, muito, muito mais prazeiroso, que é o G-Point Search.
Ora, um dos grandes mitos do sexo é encontrar o ponto G das mulheres. E dá-lhe manual, dá-lhe aulas com sexólogos e sexólogas, dá-lhe busca na Internet (curiosidade: o Google registra 40,5 milhões de páginas para G Point e 422 mil páginas para Ponto G, uma prova de que nós brasileiros somos menos encanados com essa busca que os americanos) para ver se achamos esse bendito (ou maldito) ponto que fará as mulheres gozarem loucamente, caírem a seus pés, satisfazerem todos os seus desejos, inclusive os mais sórdidos, porque você sabe onde é o Ponto G dela.
Logo, se viéssemos com um G Point Search que nos dissesse exatamente onde está o ponto na mulher, iríamos direto a ele, tal e qual o GPS popular. Era pegar a moça, deitá-la, acionar o GPS masculino e pimba, gol de placa, arremesso certeiro, tacada infalível. E além de tudo estaríamos posando de grandes amantes. É nunca errar mais o caminho para chegar lá, com todas as metáforas possíveis.
Porém, e há um grande porém nisso, acabaria a graça da coisa. Mesmo em países em que você não fala direito a língua do local, pode haver uma grande graça e diversão em buscar o seu destino final, sem o auxílio de um GPS (claro, estou falando de países em que as chances de você ser depenado por ladrões sejam mínimas, países civilizados). Muitos filósofos já disseram que a busca é tão importante quando chegar lá. No meio do caminho, perdidos, podemos encontrar um vilarejo interessante, uma festa que não aparece nos guias de turismo de tão local que é, um restaurante perdido no meio da montanha com um pernil em trufas sensacional, enfim, tudo pode acontecer, e se estivermos de cabeça aberta, as chances são de que aconteçam mais coisas boas que ruins.
Com a mulher e o sexo, é assim também. O fato de elas insistirem tanto nas preliminares não é que elas não querem te dar. Mas é que elas amam ser exploradas (no bom sentido), ser descobertas. Elas querem que a gente passeie por elas, que encontre outros tantos pontos que não apenas o G, mas também o A, o B, o C, o alfabeto inteiro. Elas querem calma, não afobação. Mais que uma corrida de 100 m, elas querem sempre meia maratona, no mínimio. O prazer de chegar ao Ponto G só é bom se você demorou para encontrá-lo e se divertiu no meio do caminho. Aí, mesmo que você não o encontre, a viagem terá valido a pena.
De todo modo, deixe-o pronto para ser utilizado. Vai que a estrada está esburacada naquele dia, e é necessário chegar rápido lá. Nunca se sabe...

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