Pesquisa do Palavrório

12.1.15

Extremos

Tem um lado da humanidade que parece querer, até mesmo desejar, que tudo se encaminhe para os extremos. Muita gente parece não ver que há infinitas tonalidades de cinza (as 50 do livro são muito poucas, faltou imaginação à escritora) entre o branco e o preto. E mesmo esses têm variações, algumas muito difíceis de se ver.
É gente que quer sangue no asfalto. É gente que diz que "bandido bom é bandido morto", que todo evangélico é burro, que todo ateu é endemoniado, que todo muçulmano é terrorista, e assim vamos. Essa gente põe uma lente em que só passa uma visão, uma opinião, uma ideia. E que morra o resto do mundo que não pensa igual a ele, ou ainda, que apareça alguém que mate quem não pensa como ele.
Um mundo de extremos, onde o diálogo vai desaparecendo, sendo substituído por uma falsa interação social por meios digitais. Talvez desaprendamos como conversar, e só então, quem sabe, já no fundo do poço, a gente perceba que precisará um dos outros para poder sair dele. Quem sabe.

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