Pesquisa do Palavrório

9.1.08

Defecando

Deve haver um número ilimitado de cagadas que um ser humano pode cometer ao longo de uma vida (claro, vamos nos limitar a uma encarnação pois se entrarmos nos méritos das cagadas que podem ser feitas nas múltiplas encarnações, faltará latrina). Ainda esta manhã, cometi mais uma. Não chequei o endereço da reunião de meus dois chefes em outra cidade. Assim, logo cedo, enquanto me preparava para dar uma bela cagada (esta, literal), toca o telefone com minha chefe me dizendo que eu havia feito uma cagada (esta, metafórica).
Putz, que merda!! Basta uma nova mancada para nos lembrarmos de tantas outras que cometemos ao longo da vida. Me lembro sempre de quando errei o dia de um exame de Língua Inglesa que vinha da Inglaterra, ou seja, inadiável e sem jeitinho para consertar. Tive que praticamente me ajoelhar na frente da gringa que cuidava do exame para me deixar fazer a prova (desde que eu não contasse para ninguém o que tinha acontecido). Foi mal, muito mal.
Os porretes que tomei e que me fizeram fazer várias cagadas também estão marcados na memória, ainda que com grandes borrões que me impedem de sentir ainda mais vexame retroativo do que já sinto ao me lembrar (parcialmente) deles. Vômitos em lugares impróprios, dormir abraçado com uma privada, entortar o eixo do carro de meus pais (detalhe: que fora pego por mim sem consentimento deles), chegar bêbado ao trabalho (ainda que eu estivesse demissionário, mas mesmo assim), enfim, a bebida já me fez fazer várias cagadas.
No trabalho, sempre há espaço para novas cagadas. Esta foi mais uma delas. Mas tudo bem. Talvez o único sinal de nosso aprendizado é que a gente vai cometendo novas cagadas com o passar do tempo, tentando não repetir as antigas. Sempre uma nova merda para cada ocasião. Pois já acho que é impossível parar de cometer cagadas. E já que é impossível, espero pelo menos aprender a me limpar.

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