Pesquisa do Palavrório

29.3.16

Terapeutas e terapias

Já precisei fazer as pazes com o pai interno e a mãe interna. Não entendi direito a que se referia a terapeuta à época, mas fui tocando e pensando no que seria fazer essas pazes. Acho que não entendi, toquei o barco e deixei pra depois.

Em uma segunda tentativa, eu já não tinha um pai interno, mas três externos que competiam comigo (sem que eles soubessem) e me colocavam desafios tremendos, praticamente impossíveis de serem transpostos sozinho, sem ajuda. Naquele momento, eu não pude arcar com a ajuda, toquei o barco e deixei de novo para depois.

Na terceira, não eram os pais nem a mãe, mas o problema era comigo mesmo. Eu que não sei me valorizar como devo, me jogo para baixo, acho que tudo o que faço não serve para nada, não me imponho nas situações, me escondo em subterfúgios pois não quero enfrentar os problemas de frente. Ainda não deu para arcar com a ajuda, toquei o barco e deixei pra depois.

O depois chegou. Já não dá mais para ficar adiando esses ajustes finos em mim. Ainda que eu consiga encarar praticamente qualquer coisa, deglutir e digerir anda mais difícil. A hora de deitar no divã e encarar os monstros chegou. Não dá mais para deixar para depois. A ver os monstros que saem da cachola.

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