Férias, ou qualquer pausa de uma semana para mais na qual você não pensa em trabalho, traz bênçãos e maldições, dependendo de como você encara as coisas.
O momento de pausa significa o fim da rotina, a imprevisibilidade, a ausência de programação, o dolce far niente, enfim, um break completo no que você faz praticamente todo dia. Para alguns, essa é a benção suprema, poder decidir o que vai fazer no minuto seguinte no minuto precedente, ou no mesmo minuto.
Algumas pessoas não suportam isso, e mesmo em férias escolhem um pacote turístico em que praticamente todos os momentos de descanso são vigiados e cronometrados. 7h, saída do hotel. 7h15, visita à Fonte dos Prazeres de algum lugar, com oferta (obrigatória) da moeda à fonte, com pedido (obrigatório) de desejo. 7h23, início da peregrinação pelos corredores do castelo de lugar nenhum.
O retorno ao trabalho também guarda sentimentos controversos. Alguns gostam de trabalhar, e realmente ficam contentes com o retorno, ainda que, na hora do almoço, já estejam reclamando do chefe, do acúmulo de tarefas que foram adiadas, do salário que não subiu, do desconto da contribuição sindical compulsória, e essas coisas.
Já há gente que volta porque tem que voltar, e unicamente devido ao salário que recebe. Não há maldição pior que a rotina, as mesmas tarefas dia após dia, as mesmas pessoas, a mesma conversa, o mesmo assunto, até as próximas férias.
Entre uma e outra, você escolhe. Afinal, a maldição de alguns é a benção de outros. Inevitável é o recomeço, você decide como ele é.
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