“O céu estava coberto de nuvens negras e ameaçadoras...” Esta é a fala do narrador de “Rocky Horror Picture Show”, versão brasileira (ou deveria dizer curitibana, já que os caras nunca fizeram uma turnê por aí?). E desde que ouvi essa frase, não há como não pensar nela quando vejo o céu em diversos tons de cinza.
Na peça, Brad e Janet estão a caminho da casa do professor Scott, “em uma viagem de agradecimento, pois havia sido ele que os apresentara um ao outro”. Claro que a viagem não dá certo, pois do contrário não haveria a peça de teatro, e logo não haveria o filme que rodou o mundo, dando origem a tantas outras versões que... Bom, desnecessário continuar.
As nuvens não amedrontam na vida real. Estão ali, paradas, cumprindo a sua função, que sinceramente desconheço. Vêm e vão carregadas pelo vento, em ocasiões descem à terra na forma de garoa, chuva ou enchurrada, e podem desde refrescar um pouquinho a gelar de vez, sendo que podem até esquentar ainda mais, se estivermos no verão e levarmos na cabeça uma tempestade tropical daquelas.
São apenas nuvens, que flutuam sobre nossas cabeças. Mas não há pessoa que fique contente vendo o céu cinza cor de chumbo. Talvez quem realmente não possa pegar sol nunca na testa. Mas mesmo esses preferem o boné e um dia de sol que as nuvens. Ou agricultores desejosos de uma pausa no sol inclemente que queima a plantação.
Pouco importa a opinião dos homens. Lá em cima elas continuam, incólumes, sem se afetar com a opinião dos homens. E não nos resta que esperar que um vento as leve para longe daqui...
Nenhum comentário:
Postar um comentário