A ciência às vezes gasta muito de seu tempo com pesquisas de utilidade dúbia. Veja essa aqui da BBC. Se for ratificada, provará de uma vez por todas não que as mulheres são ruins ao volante, mas que na hora da baliza elas são realmente piores que os homens. Mas qual será o motivador dessa pesquisa? Quem é o financiador? E para quê?
Uma semana atrás apareceu um outro artigo dizendo que, devido à diferença cromossômica, os homens seriam mais aptos que as mulheres para a profissão de cientista. A genética explicaria o predomínio masculino na Ciência. Mas será que isso tem a ver mesmo? Me faz lembrar uma reportagem que vi tentando explicar – e não conseguindo – porque há mais mulheres enfermeiras e homens engenheiros.
Existe um prêmio paralelo ao Nobel, o IgNobel, que se dedica a trazer para o grande público pesquisas esdrúxulas como essas, que certamente concorrerão à próxima edição. A lista dos premiados de 2004 é fantástica. Em Medicina, ganhou uma pesquisa sobre “Os Efeitos da Música Country no Suicídio”. O prêmio de Física estou os efeitos do bambolê. Na área de Saúde Pública, ganhou um caboclo que tentou validar cientificamente a regra dos cinco segundos, a de que você pode comer uma comida que tenha caído ao chão desde que ela tenha permanecido menos de cinco segundos. E por aí vamos.
Muita gente questiona a utilidade da pesquisa aeroespacial. Afinal, ainda não acabamos com a fome no mundo, a febre amarela e a malária, doenças até um certo ponto simples, matam, a falta de saneamento básico é considerada umas das principais causas mortis no Terceiro Mundo, mas mandamos uma sonda para uma lua de Saturno. E o que dizer de uma pesquisa que ganhou um IgNobel esses tempos, que provava que o lado com manteiga do pão tinha mais chances de cair com a face virada para o lado do tapete? Inutilidade é apelido...
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