Um dezembro de inverno em Curitiba. Temperaturas ao redor de 14 graus à noite. Acordar com neblina, garoa finíssima, daquelas que tornam ridículo carregar um guarda-chuva, mas que em sua ausência molham completamente o vivente. E uma parede de cinza intransponível cercando o horizonte.
Dezembros cada vez mais estranhos. Foi-se o tempo em que desde o 15 de novembro fazia sol, dava praia, as pessoas já estavam bronzeadas, as crianças de férias (aliás, você já notou que as férias começam cada vez mais tarde e terminam cada vez mais cedo). Agora é primeiro de dezembro, a criançada ainda está na escola, e lá fora chove, faz frio até.
As ruas molhadas, os carros avançando devagar nas ruas congestionadas, já que ninguém quer pegar ônibus com esse tempo, tudo dá a impressão de arrasto, de não movimento. Esperar o sol voltar, dar o ar de sua graça, parece ser a única atividade possível.
Claro, desde que você não tenha com quem compartilhar um cobertor e um chocolate quente à noite. Nesse caso, esse frio fora de época é até bem vindo.
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