Vulcões também são imprevisíveis. Até um certo ponto, dá para saber quando explodem. Até um certo ponto. Um dia, eles jogam tudo pra fora. E assim, cidades são eliminadas em segundos. E lá se vai Pompéia, alguns de seus habitantes ainda eternizados em estátuas instantâneas, para que nós vejamos.
E a terra tremeu. E onde tremeu, muitas vezes, tudo desabou. Foi assim na Cidade do México, foi assim em Lisboa (1777), foi assim em San Francisco, e será assim em tantos lugares ainda. As falhas geológicas estão aí para não deixar ninguém seguro.
E vão tornados, enchentes, nevascas, furacões, avalanches, catástrofes naturais que ainda não são 100% previsíveis, que podem acontecer em determinados lugares, e que apesar disso não afastam as pessoas de viver nesses lugares.
Pois tenham certeza, assim que a região que foi devastada no Sudeste Asiático tiver limpa e recuperada, ela será novamente ocupada pelo ser humano. A crença que a desgraça só atinge os outros é sempre maior que a razão.
E assim, encostas de morros, beiras de rios, falhas geológicas e outras regiões propícias à tragédia continuarão sendo habitadas, e por muita gente. Até quando, não se sabe. Mas talvez seja essa a seleção natural a que se referia o Darwin...
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