“Voglio abitare in una casa tutta di legno, fatta con le mie mani”
Sonho antigo de menino, fazer coisas com as próprias mãos, não apenas traquinagens mas coisas significativas. Fazer uma máquina que destrua tornados e furacões, ainda que os primeiros não assolem nosso país (por enquanto) e os segundos sejam raros.
Construir uma máquina de teletransporte como a das Jornadas nas Estrelas, para poder aparecer na casa dos amigos distantes. Sonhos de construir a casa dos sonhos, sempre com varanda, rodeada de árvores, à beira-mar.
Sonhar, continuo sonhando. Casas já não sonho mais, pelo menos, não casas de verdade. Fico contente em construir presentes diferentes, sofás de veludo com homens e mulheres de massinha, jardins que cabem em caixas de sapato ou caixas de fósforo, cartões que são também brinquedos.
Mas sempre lembro com carinho de um catamarã que um dia construí junto com quatro colegas escoteiros. Lona plástica, pregos, martelo e uma régua brinde do Nescau, de 20 cm de comprimento, para medir ripas de madeira de até 3,20 m. Nada saiu preciso, o catamarã saiu torto, mas saiu. E agüentou nossos pesos e nossas mochilas por três dias, durante os quais remamos pela Baía de São Francisco, em Santa Catarina. Os remos também foram (mal) feitos pelas nossas mãos, que ao fim apareceram cheias de feridas e calos.
Não chegamos em primeiro lugar, não lembro se havia uma competição envolvida. O que ficou gravado na memória foi o barco, feito com as nossas mãos, que nos levou durante dois dias por uma série de lugares muito bonitos. A satisfação de poder construir algo legal, que às vezes parece além de nosso alcance.
Creio apenas que seguimos à risca o ditado: “Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.”
O que mais tem aí de impossível?
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