Ele está sentado em sua mesa, digitando tranquilamente. Está calmo, certo de que está desempenhando bem sua função, talvez até fazendo mais do que devia (ainda que essa avaliação seja sempre subjetiva, quem faz acha que está fazendo mais do que devia, quem paga acha que está fazendo menos do que deveria). Mas está ali, calmo, trampando sem problemas.
Ao seu redor, um mar de cochichos, de reuniões de emergência, de broncas vindas do nada. Algo há no ar, e ele não percebe direito o que é. Talvez por não ser da turma ele não perceba. Talvez por ser novo no lugar ele não perceba. Talvez por achar que não é com ele mesmo, e um parte dele gostaria que fosse com ele, ele não percebe nem pergunta o que é.
Ele fica ali, aparentemente calmo, rodeado de cochichos, esperando para ver o que acontece, na torcida secreta para que todos saiam ganhando. Afinal, esse não é um jogo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário