Chove sem parar em Curitiba há dois dias. Não seria uma manchete significativa, já que esta cidade presenciou muitos dias de chuva forte no passado. Mas este ano, com a seca, dois dias de chuva viram notícia e manchete.
O tempo mudou, agora faz frio e calor um dia depois do outro. Já não se vê mais geada pelos gramados da cidade no inverno, pois não faz frio o suficiente para gear. No verão usamos casacos, pois o tempo mudou tanto que pode haver uma frente fria daquelas no Natal, a ponto de começarmos a acreditar que um dia nevará por estas bandas na hora de receber o bom velhinho. Aliás, neve em Julho nunca mais, só aquela de 1975 (a que divide as espécies de curitibanos). Ou então na próxima era glacial.
O tempo mudou, e fomos nós que provocamos a mudança. Poluição, hidrelétricas enormes com lagos gigantescos que alteram o ciclo de chuvas e ventos de vastas regiões, concreto para tudo quanto é lado, desmatamento, agricultura intensiva e extensiva ao mesmo tempo, pasto, enfim, uma renca de coisas.
A grande questão hoje em dia não é ser anti-capitalista por ser socialista. Deveríamos ser anti-capitalistas para ser humanistas. Afinal, se continuarmos nessa balada de consumo, não sobrará planeta algum para quem vier depois de nós. Só por isso deveríamos tentar mudar o que aí está. O que viria em seu lugar não se sabe e não existe ainda, mas há que se tentar.
Um comentário:
E como começar?
Do que conseguiremos nos livrar primeiro?
Do telefone ou do automóvel?
Da geladeira ou do fogão?
concordo, mas não sei como. Nem a que extensão...
Abraços
Negro
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