Pesquisa do Palavrório

26.2.07

Pequenas boas notícias

Vendo o jornal no fim de semana, cheguei a uma conclusão (que pode ser revista a qualquer momento, diga-se de passagem). Para mim, o Brasil só vai pra frente devido a uma grande série de pequenas boas notícias.

Digo isto porque há sempre uma avalanche de más notícias em nosso País. A criminalidade correndo solta, a impunidade reinando desde os grandes criminosos, muitas vezes estes travestidos de senadores, deputados e outros "dotôres da lei", a corrupção que grassa no Poder Público e rouba dinheiro que deveria ser aplicado em Saúde e Educação, uma legislação trabalhista, previdenciária e tributária caindo de podre, enfim, notícia ruim é o que não falta.

Mas são as notícias pequenas que trazem alento. Saber que o BC tá comprando dólar adoidado para segurar a situação significa que os juros vão baixar rapidinho, ou o País não vai exportar nem mulata daqui a pouco. Saber que o volume de dinheiro captado na Bovespa pelas empresas já é superior ao captado em bancos. Ver que há cidades em que projetos simples conseguem erradicar o analfabetismo. Saber que finalmente as empresas de Saneamento estão notificando os vagabundos que jogam o esgoto em fossas quando têm a rede coletora em frente a casa e não fizeram a ligação por "não saber que tinha" (mas reclamaram pra caramba quando se cavava o buraco para por o quê?, tatu em frente a casa?). Que o Instituto de Neurociências de Natal já tá funcionando e bem.

Claro, estas notícias não dão manchete pois não chamam a atenção. No news is good news, bad news is good saling news, good news isn't news, modificando um pouco o ditado que faz jornais no mundo todo venderem. Mas temos que ir pescando estas notícias para acreditar que este País enfim deixará de ser do futuro para ser do presente.

Oxalá meu pai!!

16.2.07

Armas e munições

Dia destes vi uma moça ainda mais feia que a Tati Quebra Barraco.

Ela levava uma camiseta onde estava escrito "Exército de Cristo".

Meu, nesse exército ela é ou um canhão ou um obus.

Deus me livre!!

13.2.07

Nacionalistas ou idiotas?

O mundo fica a cada dia menor por conta da Internet. Não importa onde você esteja, se você tiver um computador, você está em contato com o mundo. Você pode comprar livros em nepalês, filmes em turcomeno, baixar músicas em algum dialeto que está por desaparecer e, principalmente, trabalhar para qualquer empresa do mundo que exija de você teu capital intelectual, e não tua presença física.

Mas há um bando de gente que não entendeu isso ainda. Essas pessoas tentam se intitular de nacionalistas, mas na verdade são apenas um bando de idiotas. Idiotas porque normalmente são pessoas que não entenderam que seus países só prosperarão se aceitarem a vinda de estrangeiros.

A Europa está a cada dia mais velha. Se eles não "importarem" trabalhadores, não haverá ninguém para pagar a conta das aposentadorias. Nos Estados Unidos, se mandarem embora todos os hispânicos que lá estão, os restaurantes fecham ou vendem comida congelada esquentada no microondas em pratos de plástico e a indústria da construção civil deixa de existir. Simples assim.

Claro, o tema me é mais caro quando tenho um irmão na Alemanha. Lá, a gentileza e a cortesia germânicas, propaladas aos quatro ventos no mundo inteiro, já o fizeram sentir que a vida não será bolinho. Afinal, como um brasileiro pode não ser negro, não saber sambar e ainda por cima estar fazendo doutorado!? Não, não é possível. São idiotas assim que fazem o mundo ficar parado e não evoluir. Que fazem as pessoas manterem fronteiras estúpidas que só aprisionam, principalmente porque as fronteiras estão desenhadas na cabeça delas, e elas não conseguem superá-las.

Tristes tempos...

9.2.07

Céus de chumbo

Olho para fora da janela e não vejo o céu. Há uma manta espessa de nuves que, neste fim de tarde, oscila entre o cinza claro e o escuro. As nuvens correm no céu, sinal de que há vento. Fará sol este fim de semana? Choverá horrores?

Viver um fim de tarde de sexta-feira com tempo feio é algo melancólico. Você ainda está no trabalho, olhando para fora, esperando uma última mensagem chegar, fechando o último negócio, querendo até ir embora, mas vendo o clima lá fora e pensando que não há tanta motivação para sair. Também não há muita para ficar, mas você fica.

Assim, termina a semana de trabalho, longuíssima semana de trabalho. Vamos esperar que as nuvens vão embora para o sol brilhar sobre nossas cabeças.

Oxalá meu pai!!!

8.2.07

Barbárie

Tem vezes que não dá nem para chegar perto do noticiário. Os crimes hediondos se multiplicam de uma maneira tal que é de duvidar que a humanidade realmente esteja progredindo.

(Me reservo o direito de não dizer que crimes são pois passo mal.)

No entanto, já estava previsto que a humanidade passaria por momentos bem ruins, que esta era é uma das últimas chances neste plano de alguns espíritos recuperarem seus débitos. Infelizmente, parece que eles não estão aproveitando esta oportunidade.

E aí, resta aos cidadãos de bens ou calar ou tentar mudar algo. Tá difícil, mas não podemos desistir nunca. Fé e pé na tábua.

6.2.07

Futebol?

No instante em que escrevo este post, joga Brasil e Portugal. Tem gente que nem soube que haveria este jogo. Mas também, isto não faz diferença alguma.

O futebol brasileiro morre a cada dia. Não há quase nenhum (ou nenhum? Tô com preguiça de procurar a informação) jogador que atue no Brasil. Não há quase nenhum vínculo dos jogadores com os torcedores do País, nem com o País, para ser mais preciso.

Nossos dirigentes são patéticos, não há praticamente nenhum dirigente que pense o futebol como ele é hoje, uma máquina de fazer dinheiro. Olham para seus clubes como paróquias onde eles ganham alguns votos e algum ganha pão. Os estádios são ridículos, os campeonatos a cada ano ficam piores, e nem a Globo é capaz de salvá-los.

Por isso, ver ou não o jogo é indiferente. Não comove nem mexe com ninguém. Seria melhor pararmos com todo o futebol no Brasil, manter apenas os amadores jogando, e ver se acontece uma evolução darwiniana no meio. Quem sabe daqui a cinqüenta mil anos a coisa melhora...

5.2.07

O que fazer

As notícias são alarmantes. Como escrevi no post anterior, o planeta vai ferver, e mesmo que comecemos a fazer algo agora, durante 100 anos a Terra vai ficar mais quente do que deveria.

E o que é possível fazer nesta situação? Bom, ontem o Estado de S. Paulo trouxe uma matéria bacana de que é possível começar a fazer algo já: plantar árvores.

Árvores, ou como dizem os cientistas, a biomassa, são na prática prisões de carbono. Elas retém carbono que é liberado na atmosfera quando elas são queimadas. Elas também tem a função de filtro, ao fazer a troca de gás carbônico e oxigênio (mas veja bem, elas consomem quase tanto oxigênio quanto consomem. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas sim o seu ventilador).

O artigo diz que cada um pode calcular o seu gasto, o próprio impacto na atmosfera, e sair plantando árvores por aí. E finalmente começa-se a falar de recuperar as matas na beira dos rios, estes que concretamos para construir cidades sobre ou que aplainamos para meter uma plantação de soja.

Será que podemos vislumbrar um planeta verde para os próximos 100 anos?

2.2.07

Ferveu!!!

Não há mais o que dizer o contrário. A Terra ferveu!!! Os oceanos sobem, os ventos estão mais fortes, as chances de desastres meteorológicos são maiores, enfim, estamos em uma sinuca de bico.

Claro que virão alguns tentando dizer que não é bem assim. Estes são aqueles que vivem de indústrias poluidoras, que não se preocupam com o legado que deixarão para seus filhos e netos e principalmente aqueles que querem o lucro a todo custo, agora e já.

É trágico e preocupante o que fazemos com o mundo, mas pode ser o momento de refletirmos sobre o que viemos fazer aqui e qual é a nossa missão neste planeta. Se entendermos que estamos aqui para melhorar, pode ser que haja uma solução. Agora, se acharmos que para o planeta não acabar é necessário consumir "verde", mas consumir, lascou de vez.

Oremos.

1.2.07

Velhos Amigos

Dois dias, dois reencontros com o passado. Um velho amigo dos tempos do escotismo agora é o contador da minha esposa. Outro amigo dos tempos da faculdade (a segunda) vai casar.

Durante a vida, nos aproximamos e nos afastamos de um monte de gente. De algumas pessoas o afastamento é praticamente inevitável. Mudança de cidade, de país, de estilos de vida, podem afastar-nos dos antigos contatos (podem, mas não acontece, viu, Negrón!!).

De outras, não há razão alguma para nos afastarmos. Mesmo que elas sejam muito legais, bacanas, por alguma razão o laço próximo vai ficando mais distante, a vontade de ligar vai diminuindo e, mesmo que haja aquela boa lembrança e sensação de ser uma pessoa bacana e querida, a gente não liga. Fica meio sem graça, vai dizer o quê?, afinal, tanto tempo se passou, será que ela ainda se lembra de mim. E assim, vamos deixando a reaproximação para um depois que nunca chega.

São caminhos estranhos os que trilhamos ao longo desta vida. Há um porquê de termos encontrado todas as pessoas que encontramos. Por que escolhemos algumas apenas para nos acompanharem por toda a vida, não sei. Mas ainda bem que elas estão conosco.